A South African Airways (SAA) anunciou, nesta terça-feira (5), o cancelamento dos voos para São Paulo e Perth, na Austrália, em decorrência de uma greve de pilotos. A paralisação foi motivada por um impasse nas negociações salariais entre a companhia e a Associação de Pilotos da SAA (SAAPA). A companhia tomou a decisão de cancelar os voos na noite anterior, pois não conseguiu realocar os passageiros em companhias aéreas parceiras.
A greve ocorre após um longo período de negociações entre a SAA e os pilotos. A SAAPA, que representa os profissionais da companhia, exige um reajuste salarial de 15,7%, incluindo benefícios, além de melhores condições de trabalho. Inicialmente, os pilotos solicitaram um aumento de 30%, mas reduziram a proposta em busca de uma solução.
Em resposta, a SAA ofereceu um reajuste de 8,46% retroativo a abril, mas a categoria considerou a proposta insuficiente. O gerente sênior de Relações Corporativas da SAA, Khaya Buthelezi, explicou que a empresa não conseguiu encontrar um meio-termo com os pilotos, levando à paralisação das operações.
Impactos nas operações
Sibusiso Nxumalo, piloto e representante da SAAPA e do National Transport Movement Pilots Forum, afirmou que as reivindicações vão além de um aumento salarial. “Não queremos apenas uma parte dos lucros recentes, mas melhores condições de trabalho”, declarou Nxumalo em entrevista à emissora pública SABC.
Para a SAA, a aceitação da proposta de 15,7% significaria um impacto negativo em sua sustentabilidade financeira, especialmente após um período de recuperação e lucros nos últimos dois meses. John Lamola, diretor executivo interino da companhia, reiterou que essa proposta comprometeria o futuro da empresa.
A greve gerou incertezas sobre a normalização das operações, com os voos internacionais, especialmente para São Paulo e Perth, entre os mais afetados. A SAA segue tentando mitigar os impactos, mas a normalização das operações ainda depende da resolução do impasse.
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