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Conheça a Ilha de Páscoa: A fascinante terra dos Moais

Conheça a Ilha de Páscoa: A fascinante terra dos Moais

A Ilha de Páscoa é uma ilha vulcânica chilena localizada na Polinésia e a cerca de 3700 km a oeste do Chile. Também chamada de Rapa Nui na língua nativa, a ilha se destaca como um dos locais mais enigmáticos e fascinantes do planeta.

A ilha destaca-se pelos imponentes moai que espalham-se por sua paisagem. Os habitantes esculpiram essas estátuas como parte de cultos aos antecessores, mas o propósito e a origem das “cabeças gigantes” continuam a intrigar muitas pessoas. No entanto, basta visitar a Ilha de Páscoa para compreender a grandiosidade de um povo que, com recursos tecnológicos limitados, conseguiu construir obras tão impressionantes.

Por isso aqui, separamos os aspectos fascinantes da Ilha de Páscoa e os principais pontos que você deve conhecer para entender melhor os segredos e a história deste destino intrigante.

Um pouco de história

Antes de se chamar Rapa Nui, a misteriosa ilha era conhecida como “Te Pito O Te Henua”, que significa “O umbigo do mundo”. Os registros arqueológicos mostram que o povoamento da ilha começou no século VIII, quando colonos da Polinésia chegaram e fundaram os primeiros assentamentos.

Entre os séculos X e XI, os habitantes construíram as primeiras estátuas, conhecidas como moai, e ergueram os altares onde colocaram essas estátuas. No século XVII, dois grupos da ilha entraram em conflito, desencadeando uma guerra civil que devastou a população de Rapa Nui.

O século XVIII marcou a chegada dos primeiros visitantes europeus, com o explorador neerlandês Jacob Roggeveen desembarcando na ilha durante a Páscoa de 1722. Em homenagem à data, a ilha recebeu o nome de Ilha de Páscoa ou Paaseiland em neerlandês. Exploradores britânicos e franceses, enviados pelo vice-rei espanhol do Peru, também passaram pela ilha na segunda metade do século XVIII.

No século XIX, a Ilha de Páscoa enfrentou sérios problemas devido à escravização de parte de sua população, que foi forçada a ir para o Peru, e às doenças trazidas pelos europeus, que causaram muitas mortes. Em 9 de setembro de 1888, o Chile incorporou a Ilha de Páscoa ao seu território por meio do Tratado de Anexação da Ilha, assinado com os rapanui, que mais tarde se tornaram cidadãos chilenos. Atualmente, a ilha possui uma população de cerca de 7.700 pessoas, e o turismo é a principal atividade econômica.

O que você precisa saber antes de conhecer a Ilha de Páscoa

Viajar para a Ilha de Páscoa exige planejamento, pois o destino remoto costuma ser caro e é operado apenas por uma companhia aérea. Os voos, que partem de Santiago, têm duração média de 5 horas. A maioria dos hotéis e pousadas oferece transfer gratuito do aeroporto da ilha até o hotel, com motoristas segurando placas com o nome dos hóspedes. Se o seu hotel não fornecer esse serviço, existe a opção de aluguel de carro ou até mesmo de utilizar taxi.

Brasileiros podem visitar a Ilha de Páscoa sem visto, apresentando um passaporte válido ou RG com foto clara. A Ilha de Páscoa pertence ao Chile, e o carimbo no passaporte é chileno. No entanto, é possível obter um carimbo especial com uma estampa dos moai na agência dos Correios de Hanga Roa. Além disso, desde agosto de 2018, há uma restrição que limita a permanência na ilha a 30 dias corridos.

Vale lembrar que a Ilha de Páscoa exige o certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP) para febre amarela para entrar no território. Para saber mais sobre os países que exigem o CIVP ou como tirar o certificado, clique aqui.

A moeda oficial da ilha é o peso chileno, no entanto muitos lugares aceitam dolár. Cartões de crédito são aceitos em estabelecimentos maiores e há alguns caixas eletrônicos para saques.

Na ilha, o espanhol e o rapa nui são as línguas predominantes, no entanto nas áreas turisticas o inglês é bastante falado e o português é facilmente compreendido por sua semelhança com o espanhol. Além disso, aprender algumas palavras em rapa nui, como “iorana” (olá/tchau) e “maururu” (obrigado), pode tornar a sua viagem ainda mais interessante.

Melhor época para conhecer a Ilha de Páscoa

A Ilha de Páscoa possui um clima subtropical oceânico, caracterizado por temperaturas amenas durante todo o ano e precipitações moderadas. Em termos de temperaturas, a média varia entre 14°C e 21°C, apresentando pouca variação entre as estações. Contudo, é importante notar que as chuvas são mais frequentes entre os meses de maio e agosto, resultando em um período mais úmido, enquanto o restante do ano é geralmente mais seco.

Além disso, a ilha é conhecida pelos ventos fortes, especialmente durante os meses de inverno, de maio a agosto. Portanto, é essencial estar preparado para essa característica climática.

Em resumo:

  • Verão (dezembro a março): As temperaturas são mais altas e as noites são mais quentes. É a época mais seca do ano, ideal para quem busca sol e praia.
  • Inverno (junho a setembro): As temperaturas são mais baixas e há mais chance de chuva. Os ventos são mais fortes, mas a ilha tem um charme especial nessa época do ano.

O que conhecer na Ilha de Páscoa

A Ilha de Páscoa é um dos destinos mais enigmático e fascinantes do mundo. Sem dúvidas, a principal atração turística da ilha são os moai, no entanto em Ilha de Páscoa existem muitas coisas a serem exploradas, como por exemplo praias, sítios arqueológicos e lugares naturais.

Anakena

Anakena é uma praia com areia branca e águas turquesas apresenta um contraste marcante com as imponentes estátuas de pedras que caracterizam a ilha. Além disso, acredita-se que esta praia tenha sido um dos primeiros locais habitados pelos primeiros colonos da ilha e que suas praias foram utilizadas para rituais e cerimônias importantes.

Na praia você encontrará um pequeno ahu (plataforma de pedra) com sete moais, quue ofecerem uma vista deslumbrante do oceano.

Hanga Roa

Hanga Roa, a capital da Ilha de Páscoa, serve como ponto de partida ideal para explorar a rica história e cultura deste destino enigmático. A cidade, que concentra a maior parte da população local, combina tradições polinésias e chilenas, criando uma atmosfera acolhedora e vibrante. Ao caminhar pelas ruas de Hanga Roa, você encontra lojas de artesanato local, restaurantes que oferecem pratos típicos da ilha e um mercado de artesanato animado, onde a cultura Rapa Nui se revela em cada detalhe.

Além disso, Hanga Roa proporciona um mergulho profundo na história da Ilha de Páscoa, permitindo aos visitantes aprender sobre a cultura Rapa Nui e os mistérios dos moais. A cidade também oferece uma vida noturna diversificada, com bares e restaurantes que apresentam música ao vivo e performances culturais. Para os visitantes, há opções para todos os gostos, desde bares mais tranquilos até locais onde a música e a dança animam a madrugada.

Rano Kau

Rano Kau é um vulcão extinto na costa sudoeste da Ilha de Páscoa, impressiona com sua cratera de aproximadamente 1 quilômetro de diâmetro e 280 metros de profundidade. Este vulcão, além de ser um dos pontos mais impactantes da ilha, desempenhava um papel fundamental na cultura Rapa Nui. Os habitantes consideravam Rano Kau um lugar sagrado, utilizando-o para rituais e cerimônias religiosas.

No extremo oeste da cratera, encontra-se a aldeia cerimonial de Orongo, onde os sacerdotes Rapa Nui realizavam cultos ao deus Make-Make, o criador do mundo e dos homens. A cratera de Rano Kau é um espetáculo à parte, preenchida por um lago de água doce que se destaca como uma das principais fontes de abastecimento da ilha. Além disso, a vegetação ao redor do lago é exuberante, com totora, juncos e outras plantas nativas, que enriquecem ainda mais a paisagem.

Orongo

Orongo é uma vila cerimonial situada na borda da cratera do vulcão Rano Kau, na Ilha de Páscoa, continua a cativar visitantes com sua rica história e arquitetura singular. Este local sagrado era o centro de rituais essenciais da civilização Rapa Nui. Orongo destacava-se como o epicentro do culto ao Make Make, o deus-pássaro da criação. Anualmente, os jovens mais corajosos de cada clã participavam de uma prova arriscada: descer os penhascos íngremes de Orongo, nadar até um ilhéu próximo e retornar com o primeiro ovo de uma ave marinha. O vencedor, denominado tangata manu (homem-pássaro), recebia honras e privilégios durante todo o ano.

As casas de pedra em Orongo, únicas em sua concepção, foram projetadas para se adaptar ao ambiente vulcânico. Construídas com lajes de pedra sobrepostas, essas estruturas formavam pequenas cúpulas. No interior, as paredes eram ricamente decoradas com petróglifos que representavam o Make Make e outros símbolos sagrados, reforçando o caráter espiritual do local.

Rano Raraku

Rano Raraku é um dos locais mais fascinantes da Ilha de Páscoa e oferece uma visão única do processo de criação dos famosos moais. Essa cratera vulcânica, formada por cinzas vulcânicas, serviu como a principal pedreira onde os habitantes da ilha esculpiram os icônicos moais ao longo de cerca de 500 anos.

Ao explorar Rano Raraku, você se sentirá como se estivesse em uma antiga fábrica a céu aberto, onde os moais ganhavam forma. A cratera está repleta de estátuas em diferentes estágios de construção, desde blocos de pedra ainda brutos até moais quase concluídos, proporcionando uma perspectiva fascinante sobre a habilidade e dedicação dos artesãos Rapa Nui.

Ahu Tongariki

Ahu Tongariki, considerado o maior e mais importante ahu (plataforma de pedra) da Ilha de Páscoa, situa-se na costa sudeste e abriga 15 impressionantes moais, que são algumas das estátuas mais enigmáticas do mundo. Cada moai, com seu tamanho imponente que parece desafiar a gravidade, conta uma história única e homenageia um líder ou ancestral importante da comunidade Rapa Nui.

Além disso, a posição estratégica de Ahu Tongariki oferece uma vista panorâmica do oceano e da costa sudeste da ilha, tornando-o um ponto ideal para admirar a beleza natural da Ilha de Páscoa. Muitos visitantes preferem explorar o local no final da tarde, quando o pôr do sol cria uma cena deslumbrante, com os moais silhuetados contra o céu em tons de laranja e vermelho.

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